2011/05/26

Identificados agressores e autor da gravação

Jovem foi selvaticamente agredida perante a insensibilidade de um grupo de jovens


Identificados agressores e autor da gravação

Tudo aconteceu na passada quinta-feira, nas traseiras da Rua Mestre de Lima Freitas, na Quinta da Granja, em Benfica. A vítima, estudante da escola Padre Alberto Neto, em Queluz, foi brutalmente agredida à chapada e ao pontapé por duas raparigas de 15 e 16 anos, enquanto um jovem de 18 anos filmava a cena com o seu telemóvel, perante a passividade de um grupo de adolescentes.

A vítima chegou mesmo a ser lançada ao chão e uma vez nessa posição foi sujeita a uma série de pontapés em várias partes do corpo, incluindo na cabeça.

O jovem de 18 anos que alegadamente terá filmado toda a cena com o seu telemóvel e posteriormente posto as imagens a circular na Internet via facebook, já terá sido entretanto identificado pelas forças policiais. Terá mesmo sido detido na passada segunda-feira na mesma zona da cidade por um alegado roubo de um telemóvel.

O jovem em causa, que um ex-aluno da escola frequentada pela vítima, maior de idade, já terá antecedentes criminais e poderá vir a ser acusado do crime de omissão de auxílio. Ovídeo que colocou a circular na Internet via facebook já foi entretanto retirado de circulação.

As jovens agressoras têm respetivamente 15 e 16 anos. Uma delas, a de 16 anos, poderá ter de responder em tribunal pelo crime de ofensas à integridade física, enquanto a sua colega, de 15 anos e ainda menor para efeitos de responsabilização criminal poderá, no máximo, e caso se prove a autoria do ilícito de que é acusada, ser internada num colégio para jovens
problemáticos.

Em relação a esta jovem já foi extraída uma certidão e enviada ao Tribunal de Família e Menores de Lisboa para ser instaurado o respetivo processo tutelar educativo.

No processo de investigação foram também identificados outros jovens que assistiram às agressões e que não fizeram menção de intervir.

O processo de inquérito deu entrada no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa esta quarta-feira que assegurará a partir de agora a condução da investigação e instrução do processo. A vítima, essa terá de se apresentar no Instituto Nacional de Medicina Legal de Lisboa para realizar exames médicos que servirão depois para engrossar uma eventual acusação.

Caso que inflamou a opinião pública pela gravidade que denota, foi assumido pela Comissão Nacional de Proteção de Menores e Jovens em Risco que pela voz do seu presidente sublinha que este é um caso muito preocupante.

RTP