2011/05/15

Interrogatório aos agentes da PSP continua esta tarde com inquirição do "líder" do grupo suspeito de tráfico de droga

O único detido que não pertence à PSP do grupo suspeito de tráfico de droga e segurança privada ilegal na Grande Lisboa foi já inquirido esta manhã no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
Segundo fonte judicial, está a ser ouvido um outro detido e, para de  tarde, deverá ficar o primeiro interrogatório judicial do quinto elemento do grupo, um agente da zona de Cascais considerado o "líder" da organização  que, segundo as autoridades, protegia alguns suspeitos ligados ao tráfico  de droga, perseguindo os seus concorrentes, entre outros crimes.  
 
    O processo está a ser liderado pelo juiz Carlos Alexandre que, no sábado,  ouviu um chefe de esquadra do Estoril e um subcomissário da Divisão Criminal  de Cascais da PSP.  
 
    O interrogatório só terminou cerca das 22:00 e à saída, os advogados  recusaram-se a prestar declarações. As medidas de coação só serão conhecidas  depois de o juiz ter ouvido todos os detidos. 
 
    Os cinco detidos têm idades entre os 32 e 47 anos e são todos do Comando  Metropolitano de Lisboa, designadamente da zona de Cascais. Os polícias  constituídos arguidos estão ainda no ativo, podendo vir a ser alvo de processos  disciplinares. 
 
    No âmbito de uma investigação coordenada pela Unidade Especial de Combate  à Criminalidade Especialmente Violenta do Departamento de Investigação e  Ação Penal (DIAP) de Lisboa, iniciada em março, outros quatro suspeitos  - incluindo três elementos da PSP (um oficial e dois agentes) - foram também  constituídos arguidos, mas não foram detidos por "não estarem reunidos os  pressupostos legais para a sua detenção". 
 
    No decurso da investigação cumpriram-se 19 mandados de busca que visavam  residências, quatro estabelecimentos de diversão noturna e duas esquadras  de polícia, entre outros locais, segundo o intendente Luís Elias. 
 
    Na operação foram apreendidos cinco revólveres, quatro pistolas, três  caçadeiras, três armas de alarme, uma arma de alarme adaptada, uma carabina,  uma pressão de ar, cerca de 1.300 munições de diversos calibres, diversas  armas brancas, equipamento de vigilância, equipamento informático, oito  viaturas e cerca de 13.500 euros em numerário. 
 
    O Ministério Público vai pedir a prisão preventiva dos quatro polícias,  segundo disse à Lusa fonte do DIAP. 

Lusa